Saber que o Museu da Língua Portuguesa estava em chamas é uma tristeza muito grande. Doeu saber e ver a fumaça daqui de casa que, inclusive, entrava, ainda que leve, no meu apartamento, afinal, moro apenas a 1 quilômetro do museu… este museu lindo, com tudo sobre a nossa língua mãe, além de diversas e ótimas exposições, que acaba por ruir.
É triste saber que um lugar onde eu já fui várias vezes e adorava ficar lendo nas paredes toda a história arcaica sobre a origem da nossa língua não existe mais… um lugar onde se aprendia um pouco mais, com uma bela estrutura e que oferecia ao público a história da nossa linguagem…
E hoje, nosso belo Museu da Língua se foi…assim como parte de nossa língua que se vai todo dia…
A língua muda, eu sei, mas ela, a última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor, e hoje, infelizmente, junto com sua casa, é sepultura…a bruta mina, entre os cascalhos… labaredas e escombros…vela.
Pobre bombeiro, pobre Olavo Bilac, Machado, Drummond, Goulart, Leminski, Fernando Pessoa e suas pessoas e mais milhões de pessoas que hoje estão órfãs de uma história que estava em um museu que passa a ser… mausoléu…
Triste fico, mas agora, definitivamente, isto deixa este pífio escritor, realmente, sem palavras.
João Aranha
21/12/2015