Nas palavras eu me escondo
Nas palavras eu me procuro
Nas palavras eu me encontro
Eu me deito nas palavras
Eu me cubro com as palavras
Eu acordo com as palavras
Nas palavras eu digo
Nas palavras eu leio
Nas palavras eu escrevo
As palavras me recebem
As palavras me visitam
Nas palavras eu resido
Palavras que eu bebo
Palavras que eu como
Palavras que eu vomito
Palavras me fazem gritar
Palavras me fazem chorar
Palavras me fazem sorrir
Palavras para plantar
Palavras para lavrar
Palavras para colher
Palavras para soltar
Palavras para guardar
Palavras para engolir
Palavras frias
Palavras quentes
Palavras mornas
Palavras me fazem morrer
Palavras me fazem doer
Palavras me fazem viver
Palavras letras
Palavras frases
Palavras parágrafos
E com tantas palavras assim
Talvez poucas para elas
Me vejo por fim
Sem elas.
João Aranha
25/07/2011
Grande Aranha! Suas ideias formam uma teia de palavras imune a mesmice.
Bravo amigo!
Valeu, amigo poeta!
Abração do outro.
“Gosti” fa e prima suspeita. rsrsrs
orgulho!
beijo
que o melhor aconteca em tua vida!
Valeu, prima!
Pra você também.
BeiJoão