Dias assim deviam ser sempre cinzas.
O sol não combina com a lágrima que rola por minha face.
O frio podia fazer companhia para esse coração já gelado.
O quarto tem testemunhado os sofrimentos
e não mais as alegrias.
as juras.
o calor do suor.
e as promessas sussurradas ao pé do ouvido.
E do coração.
Uma chuva bem fininha e um guarda chuva na bolsa. fechado. para lavar a alma. para ter assunto. para ter uma novidade.
O pensamento na lua.
Uma música no ouvido.
e todo o amor dessa vida no coração.
E no quarto vazio jaz o sentimento
Uma vez fomento
da troca de suor
da troca de olhares
Nas paredes, testemunhas
Auditivas, oculares
A companhia do gélido coração
Não vem mais
Ele está fraco
Bate pouco
Só acelera ao sentir saudade
De uma idade que não mais tem
Música e pensamento
Faz palpitar
O velho
E bom jazido
Sentimento
Cai a chuva
E junto
Ele vai.
João Aranha e Cris Carnaval
28/10/2009